Agentes de Endemia realizam levantamentos ‘in loco’ nos bairros de Várzea Grande

Várzea Grande (MT) – Equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e Agentes de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande concluíram, nesta quarta-feira (10), a quarta etapa do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. A ação, iniciada no dia 7, teve como objetivo mapear focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e reforçar estratégias de combate às arboviroses em todo o município.

Durante esta etapa, foram percorridos mais de 5 mil quarteirões, com visitação em mais de 163 mil imóveis, distribuídos por 203 bairros da cidade. A metodologia consiste em visitas a cada uma casa com intervalo de cinco, atingindo aproximadamente 20% dos quarteirões de cada setor.

As amostras de larvas e pupas coletadas são analisadas por agentes e biólogos do CCZ e encaminhadas para o Estado, que devolve ao município um relatório com os índices de infestação e os bairros com maior risco de proliferação do Aedes aegypti. Atualmente, Várzea Grande encontra-se em nível médio de risco, o que acende um sinal de alerta para ações mais incisivas de controle.

“A partir dos dados, conseguimos direcionar melhor a comunicação de risco e intensificar o combate nas áreas críticas, otimizando os recursos humanos e materiais”, explicou Carlos Eduardo de Campos, coordenador do CCZ.

Segundo ele, mais de 90 profissionais participaram da operação. Durante as visitas, os agentes fiscalizam locais com potencial para abrigar criadouros, como caixas d’água abertas, pneus, baldes, calhas, vasos de plantas e outros recipientes com água parada. Quando necessário, é aplicada medicação larvicida nos focos identificados.

Roseane Félix, supervisora geral do CCZ, lembrou que os moradores podem solicitar o monitoramento diretamente ao órgão, por meio de agendamento:

“Basta entrar em contato com o CCZ, informar o endereço e solicitar a visita. A equipe será enviada conforme cronograma”, afirmou.

Rodrigo Cordeiro, morador do bairro Cidade de Deus, elogiou o retorno das ações no bairro:

“Há tempos não víamos os agentes passando por aqui. A presença deles é muito importante para evitar a propagação da dengue.”

O coordenador Carlos Eduardo reforçou que o combate ao mosquito depende diretamente da população:

“Nosso trabalho só terá eficácia se cada morador fizer a sua parte. Manter o quintal limpo e sem água parada é um dever de todos. A luta contra o Aedes aegypti é coletiva.”

O LIRAa é realizado a cada dois meses, com seis ciclos previstos para este ano, conforme o calendário da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).

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