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Portão do Inferno: Obra Parada, População Penalizada e Chapada à Beira do Colapso

Portão do Inferno: Obra Parada, População Penalizada e Chapada à Beira do Colapso

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Mais de um ano e meio após a primeira interdição do Portão do Inferno, na MT-251, em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá), as obras de retaludamento seguem praticamente estagnadas, gerando revolta entre moradores e vereadores. Nesta segunda-feira (16), os 11 parlamentares da cidade e populares protestaram no local cobrando transparência e providências imediatas da Sinfra-MT.

Com faixas e camisetas brancas com a frase “Obra parada e sem transparência, povo penalizado”, o grupo denunciou a inércia do Governo do Estado. Apesar de terem sido convidados, representantes da Sinfra e deputados estaduais não compareceram à manifestação.

“Chapada está sendo prejudicada na logística, no turismo, no comércio e até na agricultura. Estamos isolados”, denunciou o vereador Zé Otávio (PL), presidente da Câmara.

A proibição de tráfego de caminhões pesados tem encarecido o transporte de alimentos e insumos. Agricultores relatam dificuldade para receber calcário, essencial para a produção rural. O acesso pela Serra de São Vicente ou via Água Fria é limitado por peso ou más condições das vias.

“Hoje a agricultura e a pecuária de Chapada estão paradas. Isso não é gestão, é descaso”, desabafou Aniluce da Paixão, moradora.

Apesar da movimentação repentina de trabalhadores no dia do protesto, a presença foi vista por muitos como “encenação para inglês ver”. No final de semana anterior, a obra estava completamente parada, segundo testemunhas.

O geólogo Henrique Ramos, da empresa Lotufo Engenharia, evitou dar detalhes sobre a execução da obra e jogou a responsabilidade para a Sinfra. A Secretaria, em nota, disse estar “finalizando os estudos técnicos complementares”, sem prazo definido para retomada.

“É época de seca, a melhor estação para trabalhar, e mesmo assim a obra está parada. Isso é inadmissível”, concluiu a vereadora Angela Brito.

Enquanto isso, Chapada dos Guimarães segue perdendo turistas, investimentos e esperança. A população cobra respeito, transparência e ação urgente.

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