Fiscalização em MT: forças de segurança apreendem mais de 7 mil garrafas de whisky suspeitas de adulteração

VÁRZEA GRANDE — As forças de segurança de Mato Grosso intensificaram as operações de combate à adulteração de bebidas alcoólicas no estado. Ao longo de outubro, pelo menos oito ações foram realizadas em municípios como Cuiabá, Várzea Grande, Nova Mutum, Barra do Garças, Água Boa, Nova Xavantina e Querência.

A ofensiva mobilizou a Polícia Militar, Polícia Civil e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), além de órgãos de vigilância sanitária e fiscalização.

Uma das operações teve como alvo uma distribuidora em Várzea Grande, suspeita de fornecer bebidas adulteradas a comércios do interior. No local, foram retidas mais de 7 mil garrafas de whisky após denúncias e apreensões em supermercados de Água Boa, Nova Xavantina e Barra do Garças.

As investigações começaram depois que várias pessoas passaram mal na região do Araguaia, entre os dias 11 e 14 de outubro, após ingerirem bebidas alcoólicas — uma delas chegou a ser internada em Goiânia (GO) com suspeita de intoxicação por metanol.

Segundo o delegado Rogério Ferreira, titular da Decon, o material foi retido preventivamente por divergências entre números de lote nas embalagens e nas garrafas. “Ainda não há confirmação de falsificação, mas a retenção é uma medida de segurança até a conclusão da investigação”, explicou.

O secretário adjunto de Integração Operacional da Sesp-MT, coronel Fernando Augustinho, afirmou que a orientação do Governo do Estado é reforçar a atuação conjunta e preventiva. “O trabalho integrado aumenta a eficiência e celeridade das ações, garantindo mais segurança à população”, destacou.

A Politec conduz a análise dos produtos e embalagens, seguindo protocolos científicos rigorosos que envolvem verificação de rótulos, lacres, selos e detecção de substâncias tóxicas. O diretor-geral da instituição, Jaime Trevizan Teixeira, ressaltou que o trabalho pericial foi fundamental para confirmar o primeiro caso de intoxicação por metanol no estado.

A população pode ajudar nas investigações denunciando casos suspeitos pelo 181 (canal sigiloso e anônimo), 190 (Polícia Militar) ou 197 (Polícia Civil).

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