

Falso advogado é alvo de operação em Várzea Grande por aplicar golpes em idosos e causar prejuízo de R$ 300 mil
Várzea Grande (MT), 23 de julho de 2025 – A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG) deflagrou, nesta quinta-feira (23), a primeira fase da Operação Rábula, que tem como alvo um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias contra idosos. A ação da Polícia Civil cumpriu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e bloqueio de valores que somam aproximadamente R$ 300 mil.
O principal investigado é um homem de 31 anos, que se passava por advogado previdenciário, mas não possui registro na OAB. Ele é apontado como líder do esquema, que operava em Várzea Grande e Cuiabá. Dois outros suspeitos, de 27 e 39 anos, também foram alvos da operação. Um deles segue foragido.
Como funcionava o golpe
As investigações começaram em março deste ano, após denúncias de que idosos estavam sendo enganados por um suposto advogado. Ele se apresentava com trajes sociais e usava linguagem jurídica para conquistar a confiança das vítimas, que em sua maioria estavam em processo de aposentadoria ou recebendo benefícios assistenciais.
A abordagem ocorria em locais como salões de beleza, igrejas e hospitais. Com apoio de um dos comparsas, que fingia ser seu motorista, o falso advogado convencia os idosos a lhe concederem acesso às contas bancárias sob o pretexto de intermediar processos previdenciários.
De posse dos dados bancários, o grupo contratava empréstimos altos, variando entre R$ 18 mil e R$ 24 mil, com parcelas em até 96 vezes. Em alguns casos, os criminosos transferiam os valores para contas próprias, deixando as vítimas sem dinheiro até para se alimentar.
Vítimas abaladas
Uma das vítimas relatou ter pago R$ 10 mil pelos falsos serviços advocatícios e, ao final do processo, recebeu um carnê de financiamento de uma caminhonete de luxo avaliada em R$ 278 mil. Outra vítima teve a conta zerada e desenvolveu síndrome do pânico e depressão ao descobrir que estava sendo monitorada.
De acordo com a delegada Elaine Fernandes, o impacto não foi apenas financeiro, mas também emocional:
“É uma crueldade tirar o pouco que o idoso recebe, após uma vida inteira de trabalho. Muitos deles acabaram com o nome negativado e enfrentam sérios problemas de saúde mental.”
Histórico dos envolvidos
Os dois comparsas do líder do grupo já possuem vasta ficha criminal. Um deles tem condenação por roubo majorado, e o outro soma dez registros criminais, com cinco condenações também por roubo e uma por porte ilegal de arma de fogo.
A operação foi batizada de Rábula – termo que designa alguém que atua como advogado sem ter habilitação legal. O nome faz referência direta à forma como o líder da organização criminosa atuava para enganar as vítimas.
As investigações continuam e outras pessoas podem ser responsabilizadas pelos crimes.
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