

Ex-vereadora pede afastamento de juiz por possível ligação com prefeito investigado por compra de votos em Chapada dos Guimarães

Advogada alega que esposa do magistrado ocupou cargo comissionado na gestão de Osmar Froner, colocando em dúvida a imparcialidade do processo eleitoral
A ex-vereadora e advogada Fabiana Nascimento (PSDB) protocolou uma ação judicial solicitando o afastamento do juiz Leonísio Salles de Abreu Júnior, titular da 34ª Zona Eleitoral de Mato Grosso, do processo que investiga o prefeito reeleito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (União), por compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2024.
Na petição protocolada na terça-feira (9), Fabiana sustenta que o magistrado possui ligação indireta com a gestão investigada, uma vez que sua esposa, Karina Pereira Salles de Abreu, exerceu o cargo comissionado de coordenadora do SUS municipal entre abril de 2023 e agosto de 2024, sendo nomeada pelo próprio prefeito Froner.
A advogada argumenta que tal vínculo compromete a imparcialidade do juiz na condução do processo. “Não se trata de questionar o conhecimento jurídico do magistrado, mas sim de apontar circunstâncias que, objetivamente, geram dúvidas quanto à sua imparcialidade”, aponta a ação.
Além disso, ela destaca que o juiz participou de eventos públicos ao lado do prefeito, como a inauguração do novo Fórum de Chapada dos Guimarães, em setembro de 2024, ocasião em que Leonísio Salles apareceu como anfitrião ao lado de Froner em convites oficiais. A petição também menciona ações cíveis conjuntas entre o casal, o que, segundo Fabiana, reforça o vínculo de confiança com a atual gestão.
Com base nos fatos, a advogada pede que o juiz se declare suspeito ou que o processo seja remetido ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), conforme previsto no Código de Processo Civil.
Investigação de compra de votos
A ação principal foi movida pela própria Fabiana Nascimento, que foi candidata à prefeita nas eleições de 2024. Ela acusa Osmar Froner, seu vice Carlos Eduardo de Lima Oliveira (PSD) e o vereador eleito Gilberto Schwarz de Mello (PL) de praticarem compra de votos e abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral.
Conforme a denúncia, os acusados teriam oferecido R$ 1.000 por família, pagos em dinheiro vivo, em troca de votos. O responsável pela entrega dos valores seria Guilherme Henrique de Oliveira Costa, diretor do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), apontado como o “homem da mala” do esquema.
A Justiça Eleitoral já autorizou a quebra de sigilo bancário e telefônico de Guilherme, que é peça-chave nas investigações. Em defesa preliminar, os acusados negaram as acusações, alegaram nulidades no processo e afirmaram haver inversão no rito legal.
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