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Deputado Lúdio Cabral retoma coleta de assinaturas para CPI dos empréstimos consignados em Mato Grosso

Deputado Lúdio Cabral retoma coleta de assinaturas para CPI dos empréstimos consignados em Mato Grosso

Cuiabá – O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) anunciou que, neste segundo semestre legislativo, vai retomar a coleta de assinaturas para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará os problemas relacionados aos empréstimos consignados feitos por aposentados, pensionistas e servidores públicos do estado de Mato Grosso. O requerimento já circula na Assembleia Legislativa há meses, mas ainda não possui número suficiente de apoiadores para ser instaurado.

A proposta de CPI provocou embates políticos, especialmente entre os petistas e o deputado Gilberto Cattani (PL), que apresentou um requerimento paralelo com foco diferente. Enquanto o grupo de Lúdio busca apurar falhas nos contratos e a possível omissão do estado diante das denúncias, Cattani quer investigar os lucros da empresa Capital Consig, que detém a maior parte dos contratos consignados no estado.

Lúdio ressaltou a importância da CPI mesmo com a investigação em curso pela Mesa Técnica do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT). Segundo ele, a CPI possui poderes mais amplos para aprofundar as investigações, como a quebra de sigilos fiscais, análise detalhada dos contratos e convocação de empresas e secretários estaduais.

“A Assembleia deve abrir a CPI. Só ela tem ferramentas para investigar a fundo, identificar fraudes, punir responsáveis, restituir o dinheiro roubado e acabar com a cobrança de juros abusivos”, destacou o deputado.

Até junho, o requerimento de Lúdio contava com quatro assinaturas — duas dos próprios autores e outras duas dos deputados Janaina Riva (MDB) e Júlio Campos (União). O regimento interno da Casa determina que são necessárias pelo menos oito assinaturas para a abertura dos trabalhos, o que ainda não foi alcançado.

No mesmo período, o deputado Gilberto Cattani também buscava assinaturas, mas seu documento recebeu adesão de apenas quatro parlamentares.

Nesta semana, o Tribunal de Contas divulgou relatório apontando que, dos 90 mil contratos encaminhados pelas empresas ao órgão, apenas 26 mil foram validados, indicando que cerca de 70% estavam irregulares.

O relatório será encaminhado à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), que deve notificar as empresas que não atenderam às requisições do TCE-MT. A pasta também deverá manter suspensos os descontos relativos aos contratos da Capital Consig, medida já adotada anteriormente durante uma fiscalização.


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